Newscoisa #41: Walk tall, Luciana
Newscoisa #41: Walk tall, Luciana
"Pensei chegar mais perto de você agora
só pra dizer que os meus olhos queriam te ver"
(Cidadão Instigado)
Na minha lápide: aqui jaz o Homem de Lata.
Fiz um ovinho estrelado tão gostoso, agora, que deve ser crime em uns 18 estados norte-americanos.
A decisão do Fachin, anulando os atos processuais e tornando o Lula novamente elegível, não muda em nada meu voto de 2022 – eu nunca votei em pessoas e sim em partidos e seus planos de governo. Penso que a importância desta decisão – pra uns tantos - se relaciona menos com votar ou não votar e mais com a sensação de esperança, a possibilidade de horizonte, a impressão de que o vento pode soprar pro lado certo e inflar as velas que nos tirem dessa deriva.
No dia seguinte.... já o pronunciamento do Lula mudou um bocado de coisa, inclusive meu ânimo, humor e condições de saúde. A elegância, o ímpeto, a inteligência, o carisma e a capacidade de comunicação dele me impressionam e me deram um pouco de vontade de sair da concha.
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Eu escolho gostar de ter gostado de você. Não lamento. Encontrei esta anotação entre papéis antigos (acho que é um trecho do blog da Luciana Pereira): "parece que passou uma vida desde que ele me provocou o ultimo sorriso, mas enquanto eu me lembrar do primeiro, eu vou saber que a gente tinha que passar uma parte da nossa vida juntos". Nem que essa parte seja uma madrugada com programas antigos e duas garrafas de vinho.
Você não se arrepende de nada?
Eu me arrependo de todas as vezes que não chorei quando fui embora de algum lugar.
Do seu peito, por exemplo.
Eu sei, mas esqueço, que nunca, nunca, nunca se pode voltar (apesar da piada interna entre amigos).
Você quer fugir, amor. Eu também quero. Pra longe dessa eu que enfia o pé na jaca. Esquecer que erro. Que derrapo. É assustador demais ser essa pessoa que também faz merda. E, ainda mais terrível, não ser só ela. Sentir a responsabilidade. O arrependimento. A solidão. E perder a ilusão de que ser adulto é, enfim, fazer tudo certo.
Eu tomaria a mesma decisão, o mesmo rumo, a mesma estrada. Mas as minhas pequenas mancadas ainda perturbam o sono. O sonho. Podia ter sido mais eu e você. Mais cerveja, menos distração. Mais abraços. Muitos abraços mais. Estamos a uma língua de distância. Ou duas. Uma palavra bem dita e as lembranças que eu levaria na mala seriam outras? Não saber se foi um desencontro de anos, uma recordação bonita a ser comprovada, uma gentileza, uma conversa fácil. Sempre foi fácil com você. Eu suspiro. A gente (a gente sou sempre eu) esquece. Ou pensa que.
Eu faço de conta que disfarço enquanto anuncio anseios em enormes outdoors na beira da sua estrada.
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Motivos pelos quais eu não poderia participar do BBB (além dos óbvios):
- raramente uso maquiagem (e quando falo maquiagem estou me referindo a batom e rímel, nunca a duas dúzias de produtos diferentes aplicados por mais de duas horas)
- música alta demais na hora da manutenção
- música ruim e alta demais, a ponto de me endoidecer, nas festas
- não ter nada pra ler
- a bagunça nos quartos, aquele amontoado de roupa linda, usada, suja, mala empilhada (e eu nem sou a pessoa mais organizada da rua, mas, né, um pouco de cuidado cai bem)
- seria considerada planta, pois mansa, cordata, tento servir de tradutora pra diminuir a tensão entre as pessoas, etc – aí um dia pisam no calo e eu despiroco sem aviso. Ou seja, eliminada ou expulsa.
Sobre o cuscuz de frigideira: é um chapéu de couro meio sem graça.
Fui apresentada à série New Amsterdam pela querida Juliana S. e senti como se fosse o contraturno de Grey’s, ou seja, já comecei engajadíssima, dois episódios renderam rios de lágrimas.
Vou ganhar de presente uma manta de mussarela. Eu realmente tenho amigos maravilhosos.
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O que as cartas, os búzios, as placas, os sonhos, se duvidar, até o analista, estão avisando:

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Banho tomado, cabelo lavado, sentadinha na varanda espiando a lua minguar, taça de vinho e pernas esticadas. Juntando fôlego pro próximo trecho.
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Cês vão desculpar, mas eu vou passar um tempo fazendo propaganda do livro, porque, né. Primeiro: tem lista de música, que nem no tempo da fita k7, no Spotify (aperta aqui e vai escutar lá). E deixo o link da pré-venda do Éter: 18 contos de batom borrado e outros anestésicos (https://dropsdafal.com.br/produto/eter-18-contos-de-batom-borrado-e-outros-anestesicos-pre-venda-aberta/)
