Newscoisa #47: Ioiô e a coragem de dizer a verdade possível com o Caio
Newscoisa #47: Ioiô e a coragem de dizer a verdade possível com o Caio
Voltamos a este momento na infinitena #avidaemespiral:
Das conversas sobre a newscoisa #46:
Tina, me senti influencer demais. Maíra, saudade imensa e, olha, concordo com o que você disse sobre O Som do Silêncio. É que eu acho que eles apostaram muito mesmo na coisa técnica e não me impactou (nisso) tanto quanto deveria.
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"o problema dos erros é que às vezes eles beijam bem"
Ri. Concordei.
(Beijo mesmo)
Status: alguém brincando de ioiô.
eu sou o ioiô.
Adélia tem agulhas disfarçadas de belezas nas pontas das letras e, quando a gente manuseia, os cortes são inevitáveis.
Eu sempre decidi a hora de ir embora. Era pensar: não quero mais querer - e já percorria a estrada. Nenhum risco de virar estátua de sal. Aí, você. Você, você, você. E eu pensei: basta. E fechei os olhos, esperando acordar vazia desse desejar. Nada. Você, nunca perto o bastante. Você, nunca tanto que baste. Você, no meu texto e no meu silêncio. Você. Você. Você. E eu, que já não consigo ir. Que fico. Permaneço. A estrada, sozinha de meus passos. Perdi meus poderes. Você cortou meus cabelos. Minha criptonita.
Eu sinto essa enorme falta de você. Das suas palavras que conheço, Do seu corpo, que adivinho. De quem inventamos ser. Faço tudo igualzinho ao que eu fazia antes de. E tudo que me era íntimo e confortável agora arranha, pesa e destoa. Um mundo fora do eixo. Um desejo, na ladeira, sem freio. Olha lá, depois da curva: o desastre.
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Torcida é apego. A gente busca racionalizar, inventa desculpa bonita, justifica, legitima, mas torcida é apego. A gente só quer que o “nosso” ganhe porque, bom, é o “nosso”, ué.
Eu nem sou tanto de ver stories no Instagram, mas vejo todos os que me aparecem com o círculo verde porque tenho esta alegria engraçada quando alguém me considera íntima.
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Eu sei que não devia, mas de vez em quando arranco a casquinha da ferida com a unha.
Escrevo assim: eu gostava de ficar com você. Infelizmente estou usando o tempo verbal como uma portuguesa.
Eu fico. Mas fico cansada.
"Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas caírem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo.
Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez.Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã"
(Caio Fernando Abreu)
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Nem Gil, nem Camila, muito menos Ju. Nesse paredão eu queria mesmo era votar #ForaRogérioCeni
Minha mala é pesada, não de passado, de antigos futuros. Mas quem anda à beira do abismo se acostuma com a vertigem.
E se não fosse. Não fosse isso, não fosse agora, não fosse tanto. Mas é. Ou sou. Sou eu e meu elefante e esta festa sua para a qual não tenho convite. Um elefante incomoda muita gente. Do tamanho que for. Do tamanho que eu sou. Na sua lojinha de cristais.
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Coloca aí pra tocar na sua vitrola, depois de Page & Plant:
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com mãos de rodamoinho
Fez o meu barco afundar
Eu que pensei que fazia
Daquele ventre meu cais
Só percebi meu naufrágio
Quando era tarde demais
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